Laudo médico aponta que ex-ministro, preso desde janeiro, tem apresentado piora no estado de saúde e já perdeu 12 kg
Um documento assinado por 42 senadores solicita que alguns deles possam visitar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres na prisão. Torres está preso desde o dia 14 de janeiro e é suspeito de omissão no inquérito que investiga os atos de 8 de Janeiro. Torres não recebe visitas desde então, apenas de seus advogados. Após ter o pedido de prisão domiciliar negado, o estado de saúde do ex-ministro tem piorado bastante. Além de ter perdido 12 quilos, ele também desistiu de um curso de eletricista e apresenta quadro de apatia e tristeza. Nesta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou um pedido do deputado Capitão Augusto (PL-SP) que solicitava uma visita de cortesia. Muitos dos senadores que assinaram o pedido foram ministros da gestão de Jair Bolsonaro (PL), como Rogério Marinho. Para ele, trata-se de um gesto de solidariedade. “Essa prisão já dura mais de 100 dias e nós achamos que é necessário que haja um gesto de solidariedade. Nós queremos visitá-los, porque as notícias que temos a respeito de seu estado de saúde nos preocupam. Não só sobre seu estado de saúde, mas como a família está encarando. […] Achamos que há uma necessidade de que os próximos habeas corpus sejam concedidos”, disse Marinho. Nesta quarta-feira, 26, a defesa de Torres impetrou um novo habeas corpus no STF pedindo a soltura do ex-ministro para que ele responda em liberdade na prisão domiciliar. Os advogados citam um laudo de uma psiquiatra da rede pública que constatou risco de suicídio. Além disso, nesta quarta, Flavia Torres, mulher dele, divulgou uma carta na qual agradece o apoio de familiares e amigos, dizendo acreditar na absolvição do marido.
*Com informações da repórter Berenice Leite