Número de feridos em explosão de gás em Paris sobe para 37; dois estão desaparecidos


Buscas dos bombeiros continuarão em edifício durante a madrugada desta quinta-feira

EFE/EPA/Mohammed Badraexplosão de gás em paris
Prédio foi atingido por explosão e posterior incêndio nesta quarta-feira

A explosão e o posterior incêndio que destruiu parte de um edifício no centro de Paris, na França, nesta quarta-feira, 21, deixou 37 feridos, quatro deles em estado muito grave, e dois desaparecidos até o momento, anunciou o ministro do Interior da França, Gérald Darmanin. Darmanin, que visitou o local da explosão durante a noite, acompanhado pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, comunicou à imprensa os novos números. O ministro declarou que as buscas de eventuais vítimas soterradas prosseguirão durante a noite. Darmanin acrescentou que duas pessoas estão desaparecidas, mas disse que “não há a certeza” de que estejam sob os escombros do edifício. O ministro explicou que será utilizada maquinaria pesada para ajudar a remover objetos de grandes dimensões e não descartou a possibilidade de serem encontrados corpos ou sobreviventes. Além disso, admitiu que o governo “não sabe a origem” da explosão e que o Ministério Público abriu uma investigação, que será efetuada pela Polícia Judiciária. Hidalgo acrescentou que os residentes, que foram evacuados porque as suas janelas foram partidas durante a explosão, receberão assistência temporária para o deslocamento enquanto as autoridades decidem se é seguro retornar às suas casas.

A explosão, que algumas autoridades atribuíram inicialmente e de forma não oficial a um vazamento de gás, provocou o desmoronamento de um edifício e um incêndio de grandes dimensões que mobilizou muitos bombeiros. Antes, o chefe da Polícia de Paris, Laurent Núñez, foi “extremamente cauteloso” quanto à origem da explosão, embora desde os primeiros momentos o “número dois” da prefeitura do 5º distrito, onde ocorreram os fatos, Édouard Civel, tenha afirmado que se devia a uma explosão de gás na praça Alfonse Laveran. Esta tese foi apoiada pela primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, e corroborada por algumas testemunhas, que afirmaram ter sentido um forte cheiro a gás. A procuradora de Paris, Laure Beccuau, assim como Núñez, insistiu na mesma ideia de que, “por enquanto, nada permite determinar a origem do incidente”, e afirmou que vão ser efetuadas investigações técnicas e analisadas as imagens das câmeras de vigilância da zona.

Beccuau destacou que todos os elementos apontam para o fato de a explosão ter ocorrido no interior do edifício, que ruiu parcialmente, e que sediava a Paris American Academy, uma escola de design de moda situada na rue Saint Jacques. O procurador anunciou a abertura de um inquérito sobre as causas que provocaram os ferimentos e puseram em perigo a vida de terceiros, para tentar determinar se houve imprudência individual ou se foram violadas certas regras de segurança.

*Com informações da EFE





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