Vacina oral será substituída de forma gradual pela versão injetável, considerada mais moderna e eficaz
A imunização de crianças contra a poliomielite passará a ser feita por injeção ao invés da conhecida gotinha. A substituição gradual da versão oral pela injetável será realizada a partir de 2024. Segundo o médico infectologista, Diogo Schelp, a mudança trará vantagens. “Isso vai facilitar muito a imunização das crianças, tendo em vista que o esquema vacinal será o mais eficaz porque a vacina injetável tem uma eficácia melhor do que a oral, favorecendo assim a diminuição da possibilidade de transmissão da poliomielite”, afirma. A versão injetável contém o vírus inativado e é mais moderna, de acordo com técnicos consultados pelo Ministério da Saúde.
“A dose de reforço será realizada aos 15 meses, diminuindo assim o prazo de vacinação. No momento em que estamos vivendo, no qual há um certa resistência às vacinas, ao diminuir o número de doses, facilita muito a vacinação das crianças”, complementa o médico. Em 2022, a cobertura vacinal contra a pólio foi de 77%. A meta do Programa Nacional de Imunizações era entre 90% e 95%. Casos da doença não são registrados no Brasil desde 1989, mas uma pessoa infectada no Peru, em março deste ano, acendeu o alerta contra a doença. Além disso, serão discutidas estratégicas específicas para facilitar a imunização, considerando as características de cada região.
*Com informações do repórter David de Tarso