Sudeste do país já foi atingido por fortes chuvas e ventos, que seguem para a região de Pequim; é a primeira vez em 12 anos que esse tipo de alerta é emitido
A China colocou a região de Pequim e outras áreas do norte do país sob um alerta vermelho devido à aproximação do tufão Doksuri. São esperadas chuvas torrenciais e fortes ventos. É a primeira vez em 12 anos que um alerta desse tipo é ativado para chuvas, informou a imprensa local. Nesta semana, quando ainda estava classificado como um furacão, o Doksuri provocou mortes e vários estragos nas Filipinas e em Taiwan. Nesta sexta, já como um tufão, também varreu cidades do sudeste da China com ventos de até 175km/h. A televisão nacional mostrou imagens de árvores derrubadas nas estradas, enquanto áreas residenciais ficaram inundadas e cobertas de lama. Em Fuzhou (sudeste), as autoridades suspenderam o transporte público e ordenaram aos moradores que não saíssem de casa neste sábado, 29. O alerta vermelho está em vigor desde as 20h locais (9h deste sábado no horário de Brasília) e abrange uma área onde vivem centenas de milhões de pessoas, incluindo cidades como Pequim e Tianjin, as províncias fronteiriças de Hebei (norte) e Shandong (leste), assim como uma parte de Henan (centro) e Shanxi (norte).
Os serviços meteorológicos projetam que podem cair mais de 60 cm de precipitação. Em Pequim, vários parques, lagos e canais emblemáticos da cidade foram fechados até novo aviso por precaução. Segundo a mídia local, as chuvas esperadas para as próximas horas podem ser ainda maiores do que as de julho de 2012, cujas enchentes históricas causaram 79 mortes. A China enfrenta condições climáticas extremas e temperaturas recordes nos últimos meses, agravadas pelas mudanças climáticas, segundo cientistas. No início de julho, Pequim e arredores registraram recordes de temperatura superiores a 40°C. Embora os eventos climáticos extremos (ciclones, ondas de calor, inundações, secas) sejam naturais, o aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa gerados pelas atividades humanas está aumentando em magnitude e/ou frequência, dizem especialistas.
* Com informações da AFP