Anvisa pede que prefeitura de São Paulo reavalie diminuição do intervalo para aplicação de dose de reforço


Em nota técnica, a agência diz ser impossível saber se os benefícios da redução para quatro meses superam os riscos desconhecidos de ir além do previsto na bula

Anvisa/AscomAnvisa também ressaltou questão da distribuição de doses entre os Estados

A Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) respondeu nesta sexta 3, um ofício da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e pediu que o órgão reconsidere a decisão de diminuir de cinco para quatro meses o intervalo para aplicações de doses de reforço das vacinas contra a Covid-19 . Para a Anvisa, não há evidências de que os benefícios da antecipação superem os possíveis riscos que podem surgir por uma aplicação diferente da recomendação feita na bula do imunizante. A diminuição do tempo de espera já está em vigor na capital paulista desde a quinta, 2, e foi adotado também pela administração estadual por preocupação com a variante ômicron – contudo, outras cidades ainda definirão quando começarão a aplicar as doses com intervalo reduzido.

Na nota técnica, a Anvisa reforçou a importância das vacinas para evitar as mortes e casos graves da doença, mas afirma que “um período de intervalo menor, pode ser considerado desde que seja sustentado por estudos robustos, apoiado por dados epidemiológicos, com adequado monitoramento das reações adversas e com a condução de estudos de efetividade das vacinas”. Também faz um apelo para “que se evite assimetria no acesso às vacinas no país e que as estratégias de vacinação sejam coordenadas, considerando exclusivamente o interesse público”. Para a agência, a redução no tempo indicado pode favorecer o surgimento de reações adversas inesperadas. A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo ainda não se manifestou sobre a resposta da agência.





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