Contrário à vacinação de crianças contra a Covid-19, denunciado disse em e-mail que mataria quem ameaçasse a segurança física de seu filho
A Polícia Federal (PF) concluiu que houve crime de ameaça contra diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em episódio ocorrido em outubro, quando os membros do órgão receberam e-mails com ameaças de um cidadão contrário à aprovação do uso de vacinas contra a Covid-19 em crianças. A PF identificou o responsável pelas mensagens e a Procuradoria da República no Distrito Federal o denunciou à Justiça. No e-mail enviado aos diretores, o homem disse que pretende tirar o filho da escola para evitar que a criança tenha que receber o imunizante que, segundo ele, é experimental. Ele concluiu a mensagem dizendo que quem ameaçar a segurança física da criança “vai ser morto”. Agora, a Justiça vai decidir se ele vira réu em uma ação penal.
No dia 16 de dezembro, a Anvisa aprovou o uso das doses pediátricas da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Desde então, os membros da diretoria da entidade passaram a receber novas ameaças. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso. Horas após a decisão da agência reguladora, o presidente Jair Bolsonaro cobrou a divulgação do nome dos responsáveis pela aprovação. Após a fala do presidente, a Anvisa divulgou uma nota repudiando as ameaças. O Ministério da Saúde ainda está avaliando a vacinação em crianças e deve anunciar a decisão no começo de janeiro.
*Com informações da repórter Iasmin Costa