Medida foi adotada em outubro do ano passado, em resposta às críticas do presidente Jair Bolsonaro aos gestores estaduais
A maioria dos governadores decidiu descongelar o ICMS dos combustíveis. A medida foi adotada em outubro do ano passado, em resposta às críticas do presidente Jair Bolsonaro aos gestores estaduais, e vai vigorar até o dia 31 de janeiro. A decisão foi confirmada à Jovem Pan por assessores do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum Nacional dos Governadores. “Fizemos nossa parte: congelamento do preço de referência para ICMS, não valorizaram este gesto concreto, não respeitaram o povo. A resposta foi aumento, aumento e mais aumento nos preços dos combustíveis”, diz, em nota . O petista também critica o “fechamento do governo para o diálogo”. Os governadores defendem a capitalização do fundo de equalização dos combustíveis como alternativa para conter a escalada dos preços, mas as tratativas não avançaram.
Na quarta-feira, 12, a Jovem Pan mostrou que os governadores estudavam rever o congelamento do ICMS. A decisão não era um consenso e dividia os gestores estaduais. Desde a quarta, o litro da gasolina será vendido para as distribuidoras a R$ 3,24, alta de 4,8% ante os R$ 3,09 cobrados até então. Já o diesel passará a ser R$ 3,61 o litro, aumento de 8% contra o preço atual de R$ 3,34. “Cada vez mais claro, quem faz subir o preço dos combustíveis no Brasil são os aumentos da Petrobras. Sempre sustentamos que o valor do combustível tem a ver com a dolarização do Petróleo e vinculação feita no Brasil”, afirmou Dias.