Meta do governo é anunciar até sexta-feira crédito e renegociação com juros de 3% a 8,5% a.a
A seca que atinge áreas do centro-sul do Brasil está castigando lavouras e as perdas previstas são bilionárias. Milhões de toneladas de grãos deixarão de ser colhidos. Sem a produção, muitos não têm condições de pagar financiamentos de custeio e investimentos ou acessar crédito para semear a próxima safra. A situação é séria e exige ações urgentes. O secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, me contou que a meta do governo é anunciar medidas de socorro até sexta-feira, 28. Elas incluirão:
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Renegociação de dívidas, principalmente para agricultores que não têm cobertura de seguro;
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Crédito Suplementar para pecuaristas de leite e criadores de suínos independentes (para que possam comprar alimentação para os animais);
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Linhas de crédito para cooperativas agropecuárias ajudarem seus cooperados na reestruturação;
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As taxas de juros deverão ser as mesmas que vigoram no Plano Safra 21/22 partindo de 3% a.a até 8,5% a.a.
Serão necessários bilhões para reparar os danos gerados pela seca, destacou o secretário. “Bom, a gente fala da ordem de bilhões que precisam entrar nesse processo de renegociação, qual é o valor que vai ser passado e a gente vai precisar de uma Medida Provisória, como foi feito recentemente para o Ministério da Infraestrutura e o Ministério do Desenvolvimento Regional, a gente vai precisar também ter certo esses recursos que vão para esse processo de renegociação. Então, são as taxas de juros que vão precisar ser mantidas nas mesmas fontes, a gente sabe que temos um diferencial de taxa de juros agora, então, essa é a complexidade”, afirmou Bastos. A complexa situação ainda está em avaliação entre Banco do Brasil, Banco Central, Ministério da Economia e Ministério da Agricultura. Até o fim da semana é esperado que as dificuldades estejam resolvidas e as medidas de socorro sejam finalmente conhecidas.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.