Presidente do Tribunal Superior Eleitoral alegou que existem ‘maus perdedores’ em todos os lugares, mas ressaltou que ‘as instituições brasileiras são sólidas’
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, rechaçou qualquer possibilidade de um golpe de estado na política brasileiro. Segundo o magistrado, a baixa adesão ato de 7 de setembro de 2021 e o recuo do presidente Jair Bolsonaro (PL) “sepultaram” as chances de um eventual golpe de estado. “Acho que o 7 de setembro foi o sepultamento do golpe. Compareceram menos de 10% do que se esperava. Os policiais militares não aderiram, nenhum oficial da ativa relevante deu qualquer apoio àquele tipo de manifestação. O presidente [Jair Bolsonaro] compareceu, fez um discurso pavoroso, golpista, de ameaças a pessoas a ofensas. [Disse] ‘não vou cumprir decisão judicial’ e, dois dias depois, mudou completamente o discurso. Procurou as pessoas que ele tinha ofendido para conversar. De modo que eu acho que ali se relevou que a sociedade brasileira não aceitaria nada diferente”, afirmou Barroso.
O presidente da Corte eleitoral aproveitou a fala para dizer que Bolsonaro mentiu ao afirmar que as Forças Armadas encontraram ‘vulnerabilidades’ nas urnas eletrônicas. Segundo o magistrado, “[eles] não apontaram coisa alguma”. “Lamentável envolver as Forças Armadas, que são um setor respeitado da sociedade brasileira, que têm o prestígio que deve ter, e que não devem ser jogadas em discursos políticos menores de varejo e de campanha”, opinou o membro do STF. Ainda assim, o membro do Judiciário afirmou que “maus perdedores” existem, que “não há remédio na farmacologia jurídica”, mas que “as instituições brasileiras são sólidas”.