Em evento realizado em Brasília, presidente prometeu ‘dar a vida’ pela liberdade dos brasileiros e afirmou que a população ‘não pode esquecer o passado’
O presidente Jair Bolsonaro oficializou a sua filiação ao Partido Liberal (PL), durante evento da legenda em Brasília neste domingo, 27, com a participação de mais de mil pessoas. O evento foi marcado por declarações de apoiadores, momento de oração e execução do hino nacional. Sob gritos de “mito”, “mito”, o presidente iniciou seu discurso, relembrando a facada que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral, e afirmando que dará “a vida” pela liberdade dos brasileiros. “Agradeço a deus pela minha vida e pela missão de estar ao frente do Executivo. Missão que recebi de 58 milhões de brasileiros”, começou Bolsonaro, que citou uma passagem bíblica durante seu pronunciamento. “O Brasil vive um momento ainda difícil, vocês sabem o que está em jogo. ‘Nada temas nem mesmo a morte, a não ser a morte eterna’. […] Como cidadão e chefe do Executivo juro dar a minha vida pela nossa liberdade”, completou.
Sem mencionar nomes, o presidente também afirmou que os brasileiros “não podem esquecer o passado”, porque “aqueles que esquecem o seu passado estão condenados a não ter um futuro”, em clara alusão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Os mais jovens podem não conhecer, mas os seus pais e avós tem obrigação de mostrar para onde o Brasil estava indo, bem como viver os jovens em outros países, como por exemplo a Venezuela”, disse. “O nosso inimigo não é externo, é interno. Não é luta da esquerda contra a direita. É luta do bem contra o mal”, afirmou o mandatário em outro momento.
Além de oficializar a filiação de Bolsonaro ao PL, o evento também confirma a entrada de aliados do presidente à legenda, como a deputada federal Bia Kicis, os ministros João Roma e Braga Netto e também Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. Com a chegada de Bolsonaro e seus apoiadores, o PL vai ser tornar a maior legenda da Câmara dos Deputados. Entre presentes estavam os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Agricultura), Fábio Faria (Comunicações) e Onyx Lorenzoni (Trabalho), assim como o governadores Cláudio Castro e Rui Costa e o ex-presidente Fernando Collor de Melo.