Fica ou sai? Futuro da Rússia no Conselho de Direitos Humanos vai ser decidido na quinta-feira


Atendendo a pedidos dos países Ocidentais, Assembleia Geral da ONU vai se reunir para decidir suspensão dos russos; até hoje, apenas a Líbia foi punida

REUTERS/Carlo AllegriConselho de Direitos Humanos vota nesta quinta-feira, 7, a suspensão da Rússia

Após o suposto massacre na região de Bucha, na Ucrânia, os países ocidentais se manifestaram sobre o ocorrido e pediram a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. Atendendo aos pedidos, a Assembleia Geral da ONU vai decidir na quinta-feira, 7, a suspensão dos russos. Para suspender a participação de um país, é necessário o voto favorável de dois terços dos países, dentro de um total de 193 Estados-membros. Na segunda-feira, 4, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que a “Rússia não deve ocupar uma posição de autoridade neste órgão” e nem deve ser permitido que ela “use seu papel no Conselho como uma ferramenta de propaganda para dizer que tem uma preocupação legítima com os direitos humanos”.

O texto da proposta norte-americana enfatiza que “a Assembleia Geral pode suspender os direitos de membro integrante do Conselho de Direitos Humanos que cometa violações graves e sistemáticas dos direitos humanos”, e também expressar a preocupação da Assembleia Geral com a atual crise humanitária e de direitos humanos na Ucrânia, em particular aos relatos de violações e abusos de direitos humanos, e violações do direito internacional humanitário pela Federação Russa” de forma “sistemática”. Apesar dos Estados Unidos e do Reino Unido, co-autores da proposta, dizerem estar convencidos de que a iniciativa obterá os dois terços necessários para ser aprovada, o resultado ainda é incerto. O secretariado da ONU disse ter ressalvas quanto a essa suspensão e teme que isso abra a porta para pedidos semelhantes contra outro país em qualquer outro órgão da ONU. A suspensão de um país por violações graves aconteceu uma vez desde 2006, quando o órgão foi criado. A Líbia foi expulsa em 2011, pela repressão dos protestos populares contra o regime de Muammar al-Gaddafi.

*Com informações da AFP





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