Manifestações acontecem no país desde setembro, quando Mahsa Amini morreu após ser levada pela polícia da moral por usar ‘trajes inadequados’
Os jogadores da seleção de futebol Irã deixaram de cantar o hino do país durante na estreia na Copa do Mundo 2022 em uma demonstração de apoio aos manifestantes que tomam conta das ruas do país em protesto contra a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que morreu em setembro após ser levada pela polícia da moral por usar ‘trajes inadequados’. O ocorrido ocasionou em uma série de manifestações que se encaminham para o terceiro mês. O Irã estreou nesta segunda-feira, 21, diante da Inglaterra, no Khalifa International Stadium. Nas arquibancadas também foram registradas manifestações. Mulheres apareciam segurando uma placa com a mensagem “Woman life freedom”. As manifestações no Irã estão sendo realizada desde 16 de setembro, após o anúncio da morte de Mahsa Amini. O caso aconteceu no Teerã. A jovem ficou em coma após sua prisão e morreu três dias depois de ser hospitalizada. Segundo as autoridades iranianas, a jovem morreu por causas naturais, mas ativistas e o Alto Comissariado de Direitos Humanos afirmam que ela foi atingida violentamente na cabeça e jogada contra um veículo da polícia. Pessoas pelo mundo inteiro abraçaram a causa e começaram a manifestar em prol dos direitos das mulheres no Irã.
Torcedores do Irã agitam sua bandeira nacional com a palavra “Mulher, Vida, Liberdade” enquanto torcem durante a partida de futebol do Grupo B da Copa do Mundo do Catar 2022 entre Inglaterra e Irã no Khalifa International Stadium em Doha em 21 de novembro de 2022 │FADEL SENNA / AFP
