Billie Eilish deu uma recente entrevista para um especial da BBC, “100 Women”, na qual falou ter crescido sob os holofotes e os olhos do público, sobre a presença feminina na indústria da música, sobre sua influência na nova geração, entre outros assuntos.
Em certo momento, Eilish foi questionada sobre sua identidade e seu estilo de visual, além de mudanças que fez ao longo do caminho, optando por uma aparência mais sensual, por exemplo, em alguns ensaios para revistas, o que surpreendeu os fãs. Sobre essas mudanças, a artista contou que tenta encontrar um equilíbrio entre os dois, mas admitiu se sentir melhor ao ser “mais masculina”.
“Eu me sinto mais poderosa quando me sinto masculina na vida, e também posso encontrar poder na feminilidade. É meio como um equilibro entre os dois”, disse ela.
Ao ser questionada sobre essa masculinidade, ela explica: “Não sei. Depende de como eu falo, da minha postura, das minhas roupas e do meu rosto, das minhas joias, dos meus dedos, de tudo que sou no dia a dia. Eu gosto de me sentir mais masculina do que feminina, faz eu me sentir melhor”.
“E isso é algo com o que eu batalhei durante um bom tempo, porque eu queria me sentir mais feminina e gostar disso, mas não gostava realmente. Mas é como encontrar momentos em que você pode ter isso e ainda se sentir bem, por exemplo, agora, estou usando uma camisa mais justa e mais decotada e, você sabe, o meu eu mais velho teria reagido, do tipo, ‘Oh, por favor, não’. Mas eu gosto, me faz bem agora, e é esse o equilíbrio entre os dois.”
No papo, Billie Eilish também foi questionada sobre quando disse em uma entrevista no passado que mulheres não tinham tantas oportunidades como atrações principais. A cantora, que será headliner do festival Glastonbury em 2023, comentou sobre as atuais mudanças nesse sentido.
“Acho que muita coisa mudou. Estou maravilhada com o momento que estamos vivendo porque as mulheres estão no topo agora. Quero dizer, o topo de todas as paradas, são mulheres, mulheres e mulheres. Para mim, é a coisa mais incrível de se ver. Porque não era assim, sabe? Ver os anúncios dos festivais com tantas mulheres neles agora”, disse ela.
“Há um período específico de tempo em que eu estava nesse poço, sem esperanças sobre mim mesma, porque eu não tinha muito em quem me espelhar em termos de garotas como eu, sendo observadas, levadas a sério nessa questão. Era como se tudo fosse completamente dominado por homens. Quero dizer, ainda é assim, mas está melhor”, continuou.
“Eu me lembro de chorar na minha cama porque estava pensando no tipo de show que eu faria. E me sentia sem esperança, porque, tipo, eu sou uma garota. Então nunca poderia fazer um show de uma maneira específica. Eu nunca seria capaz de ser livre lá em cima e selvagem, e de atuar dessa maneira, de agir de forma mais física, ser mais sobre a performance em si e menos sobre as pequenas coisas. E senti que isso nunca aconteceria, porque nunca tinha acontecido de verdade”, acrescentou Eilish.
Veja a entrevista completa abaixo ou clicando aqui:
Fonte: Vagalume