Acordo entre Hamas e Israel prevê libertação de reféns e cessar-fogo de cinco dias


Negociações continuam sendo realizadas, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que houve avanço; líderes dos EUA e Catar disseram que faltam ‘detalhes logísticos’ para concretização

EFE/EPA/ABIR SULTANreféns do hamas (1)
Profissionais médicos israelenses se reúnem em frente aos escritórios da Cruz Vermelha (CICV) pedindo detalhes sobre a condição médica dos reféns israelenses mantidos em Gaza

A possibilidade de um acordo entre Israel e Hamas para libertação dos reféns e um cessar-fogo na Faixa de Gaza, pode estar prestes a acontecer. Nesta terça-feira, 21, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou que houve avanço nas conversas e disse que em breve notícias melhores poderiam aparecer, contudo, não deu mais detalhes sobre a situação. Esse possível acordo entre as partes envolvidas na guerra no Oriente Médio, envolveria a troca de reféns por um cessar-fogo de quatro ou cinco dias, o primeiro desde que o conflito começou em 7 de outubro. Não se saber ao certo quantos dos sequestrados pelo Hamas – ao todo são cerca de 240 – serão libertos, mas, segundo o jornal ‘Haaretz’, citando autoridades envolvidas nas negociações, o acordo incluirá: 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres, sequestrados pelos Hamas em troca de mais de 100 mulheres e adolescentes palestinos presos em Israel. Agências de notícia chegaram a falar em 300 palestinos.

Apesar de Netanyahu falar em avanço das negociações e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarar que muito em breve deve acontecer, o cenário ainda é incerto. Contudo, nesta terça, o premiê israelense, convocou uma reunião tanto do gabinete de guerra como de todo o governo para abordar “a libertação de reféns”. “Espero ter boas notícias logo”, afirmou Netanyahu em comunicado divulgado por seu gabinete, enquanto ganham força os rumores sobre um iminente acordo com o grupo islâmico palestino Hamas para a libertação de um grupo de reféns em troca de presos palestinos e um cessar-fogo temporário. Em relação ao cessar-fogo, algo que até então Israel e os Estados Unidos não aprovavam, alegando que poderia ser benéfico para o Hamas, o premiê israelense, disse ao seu governo que era uma decisão difícil, mas a decisão certa e que permitiria a Israel continuar a lutar contra o Hamas.

A imprensa israelense antecipou que o motivo dessas reuniões é dar a aprovação governamental necessária para o acordo que está sendo negociado pelos Estados Unidos, Egito e Catar. “Estamos avançando. Acho que não vale a pena falar muito, mesmo nesta fase”, comentou Netanyahu nesta terça-feira, ao se referir à possível libertação dos reféns, durante uma reunião com soldados. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari, disse durante uma entrevista coletiva que “o acordo entre Hamas e Israel para a troca dos reféns está próximo, apenas alguns detalhes logísticos e não essenciais ainda precisam ser resolvidos”.  Apesar desse a acordo, a guerra segue sem previsão de fim. Numa mensagem gravada no início de uma reunião governamental, Netanyahu prometeu que a guerra continuaria até que Israel alcançasse todos os seus objetivos.

*Com informações das agências internacionais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 





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