Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional de São Paulo, choveu em 72 horas mais do que era esperado em um mês; governo estadual espera ajuda do governo federal
Nesta terça-feira, 1º de fevereiro, o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, concedeu entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre as chuvas em São Paulo e ações do governo estadual para ajudar a população atingida. Segundo ele, mais de 20 cidades do Estado já foram impactadas pelas fortes chuvas dos últimos dias, dentre elas zonas que estavam classificadas como de risco anteriormente, mas que foram impactadas pelo alto volume de chuvas: “Pelo volume de chuvas dado, e é importante registrar, choveu em 72 horas mais do que o esperado em um mês, nós tivemos um impacto muito forte até mesmo em zonas que não eram consideradas de risco”.
Questionado sobre os recursos que foram gastos para prevenir tragédias como os deslizamentos que ocorreram, Vinholi disse que o governo do Estado gasta, atualmente, três vezes mais do que em 2019, no início da gestão, com a questão. “Estamos em obras nesse momento lá em Franco da Rocha mesmo, com dois piscinões, cerca de R$ 70 milhões, lá no ABC, mais R$ 240 milhões, uma série de obras acontecendo e outras iniciando nesse momento. É fato que esse plano de macrodrenagem da região da grande São Paulo é esperado há muitos anos, não só neste governo. Temos avançado, sim, com investimentos, mas ontem pedimos apoio ao governo federal para que possa ajudar no custeio desse plano antienchentes. Nós temos aí, pelo menos, R$ 420 milhões pra ser investidos, na sequência desse plano de macrodrenagem, com cinco piscinões”, disse.
Segundo o secretário, as buscas por desaparecidos continuam ocorrendo no município de Franco da Rocha, onde 10 pessoas ainda não foram encontradas. A cidade é a único do Estado, segundo Vinholi, em que a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros ainda está atuando com buscas. Ele ainda pontuou como está se dando o trabalho do governo em todo o Estado neste momento: “As pessoas não podem voltar para suas casas, por isso nós temos um número de 640 desabrigados, e o Estado está provendo o aluguel social nos próximos três meses, para eles poderem essas reestruturação. Nós dividimos a atuação agora em três frentes, o socorro às famílias, que é a prioridade, a busca pelas pessoas, todo o acompanhamento dessas pessoas que ficaram desalojadas, desabrigadas; o segundo ponto fundamental é o apoio às comunidades, a gente vê a necessidade emergenciais em encostas, a recomposição da infraestrutura; e a terceira questão fundamental é avançar com as obras antienchentes aqui no Estado de São Paulo. Nós temos cerca de R$ 500 milhões em obras e ainda tem o plano de macrodrenagem na grande São Paulo para avançar nos próximos anos.