Tenista sérvio estava retido no Park, em Melbourne, após ter sido barrado no aeroporto; decisão do Ministério da Imigração pode impedir a entrada do atleta no país por três anos
O juiz Anthony Kelly revogou, nesta segunda-feria, 10, a decisão do governo australiano de cancelar o visto do tenista Novak Djokovic e determinou que o atleta seja liberado da detenção na imigração. Na última quarta-feira, 5, o sérvio foi barrado no aeroporto de Tullamarine assim que desembarcou para disputar o Australian Open e teve seu visto cancelado. De acordo com as autoridades locais, o atleta não apresentou “padrões adequados de evidências” para entrar na Austrália com a permissão médica especial que havia obtido. O documento permitia que ele entrasse e competisse em Melbourne mesmo sem comprovar a vacinação completa contra a Covid-19. O governo australiano permitiu que o tenista continuasse no país, retido no Park Hotel, um “hotel de quarentena” localizado em Melbourne, até a audiência desta segunda-feira.
A decisão de Kelly, no entanto, não garante que o atleta esteja livre para competir. O advogado do governo australiano, Christopher Tran, afirmou que o Ministro da Imigração, Cidadania, Serviços para Migrantes e Assuntos Multiculturais considera “exercer o poder especial” para o cancelamento do visto de Djokovic. Nesse caso, o atleta pode ser banido de entrar na Austrália por três anos. Segundo o jornal local “The Age“, o ministro da Imigração, Alex Hawke, deve deliberar sobre o tema ainda nesta segunda. O poder permite ao Ministro cancelar um visto se ele acreditar que a pessoa representa um risco para a “saúde, segurança ou boa ordem da comunidade australiana ou um segmento da comunidade australiana” ou a “saúde ou segurança de um indivíduo ou indivíduos”.