Presidente da França fez ligações neste domingo, 20, visando promover uma solução diplomática e o cessar-fogo no leste ucraniano
O presidente da França, Emmanuel Macron, estimulou neste domingo, 20, a busca por uma solução diplomática para a tensão que paira na fronteira ucraniana em conversas por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Macron fez esse contatos após ter conversas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Além de tentar reduzir a tensão na região, o francês busca conseguir o restabelecimento do cessar-fogo no leste ucraniano, onde o Exército enfrenta milícias pró-russas.
O Palácio do Eliseu informou que Macron e Johnson “estão totalmente de acordo em empreender nos próximos dias todas as ações relevantes para manter aberta e fazer prevalecer a via diplomática”. Não foram divulgados detalhes sobre o resto das conversas. Para a França, a prioridade é trabalhar para o cessar-fogo e verificar o seu cumprimento. Posteriormente, o governo francês defende uma discussão mais ampla sobre segurança coletiva e estabilidade na Europa. As autoridades francesas acreditam que ainda há espaço para negociação, embora admitam que a situação é muito volátil. Segundo fontes do Eliseu, “cada dia que passa sem guerra é um dia ganho para a paz”.
Na conversa com Putin, os dois líderes também concordaram com a necessidade de restabelecer o cessar-fogo, enquanto Zelensky, com quem também falou no sábado, 19, confirmou a vontade de não responder às “provocações”. Esta intensificação dos intercâmbios ocorreu no mesmo dia em que Rússia e Belarus decidiram prolongar o período de inspeção das suas forças conjuntas. Os exercícios militares russos em Belarus estavam programados para acabar neste domingo. Embora, segundo fontes do Eliseu, Putin tenha assegurado a Macron que retirará as tropas da área assim que os exercícios terminarem, o secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, vê o prolongamento da presença militar como um sinal de que a Rússia está “preparando uma invasão à Ucrânia“.
*Com informações da EFE.