Maior rede de hospitais privados do Brasil limita realização de testes de Covid-19


Rede D’Or credita situação a escassez de insumos e priorizará pacientes com indicação clínica para tratamento e isolamento, pacientes internados e profissionais da saúde

MATEUS BONOMI/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDOTanto testes de antígeno quanto os RT-PCR serão limitados na Rede D’or

A Rede D’Or, maior rede de hospitais privados do Brasil, informou nesta quarta, 12, que limitará os testes para detecção da Covid-19 em seus estabelecimentos, devido ao aumento na procura dos exames com a chegada da variante Ômicron ao país e a falta de insumos para realizá-los. De acordo com o comunicado divulgado pela empresa, a prioridade será dada para ‘pacientes com indicação clínica para definição de tratamento e isolamento, pacientes internados e em profissionais de saúde’, enquanto os exames eletivos ou em pacientes com bom estado geral seriam limitados. De acordo com a Rede D’Or, os exames já coletados serão entregues nos prazos previstos e os agendamentos eletivos já confirmados seguem mantidos. “Tão logo haja um reequilíbrio entre a demanda e os insumos disponíveis, retomaremos a testagem de pacientes que não estejam nos critérios de prioridade”, garantiu a empresa.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) já havia recomendado que os laboratórios limitassem a realização de testes de Covid-19 aos casos graves por causa da situação que combina um aumento vertiginoso no número de casos com a chegada de uma variante mais transmissível, a explosão de casos de outra doença respiratória, a gripe H3N2, e a escassez nos insumos para os exames. “A alta transmissibilidade da nova variante Ômicron causou aumento exponencial de casos, o que vem demandando significativo aumento da capacidade produtiva global de testes, tanto de PCR como de antígeno, e se os estoques não forem recompostos rapidamente poderá ocorrer a falta de oferta de exames”, disse a Abramed em nota. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta irá distribuir 28 milhões de testes rápidos para detecção da Covid-19 até próximo sábado, dia 15, e outros 13 milhões de unidades em fevereiro. O Ministério ainda busca liberar a realização de autotestes, que não podem ser usados no Brasil no momento, mas poderiam ampliar a capacidade de testagem.





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