Medulla, Gab Ferreira e Nelson D & Edgar


Medulla
Foto por Bianca Souza

Medulla está de volta! O grupo, que estava em hiato desde 2018, retornou aos palcos no ano passado para algumas poucas apresentações — uma delas, inclusive, na primeira edição do Primavera Sound São Paulo —, e agora acaba de lançar o seu primeiro single em 5 anos.

Os desdobramentos de uma relação amorosa que se transforma em algo duradouro e cria conexões para além de uma noite é o enredo por trás de “Fuder e Dormir Juntin“. O lançamento marca o ponto de partida para a nova fase da banda e prepara o público para o show que vai apresentar no Lollapalooza Brasil, no próximo dia 25 de Março.

Segundo o baixista Tuti AC, que integra o Medulla ao lado de Keops, Raony e Alex Vinicius, a novidade reflete os aprendizados e amadurecimento que o período em hiato trouxe para o quarteto:

‘Fuder e Dormir Juntin’ traduz bem o momento que estamos passando. Evoluímos muito como pessoas nesses últimos tempos, o que acabou resultando em um ambiente mais leve dentro da banda, e isso automaticamente se traduz na nossa música.

Com uma essência sonora plural desde os seus primeiros lançamentos, o Medulla passeia com tranquilidade pelos mais diversos gêneros, criando uma identidade única para o coletivo. “Fuder e Dormir Juntin” incorpora aspectos do drill e do funk. Isso se deve, principalmente, pela diversidade de influências de cada integrante aliada à produção de Felipe Vassão.

Uma outra marca que o grupo carrega é o cuidado com a estética dos seus trabalhos. Dessa vez, a parte visual teve início com a concepção da capa, produzida usando inteligência artificial pelo fotógrafo Thiago Britto. O uso de tecnologias também se estende para o videoclipe. Dirigido por Keops, Raony e Bianca Souza, o registro se desenvolve por meio da dança contemporânea e de momentos descontraídos entre um casal. Assista abaixo.

Gab Ferreira

Gab Ferreira
Foto por Kim Costa Nunes

Charli XCX, Caroline Polachek e Erika de Casier são algumas das inspirações para “Forbidden Fruit“, single que abre os lançamentos de 2023 da cantora e compositora catarinense Gab Ferreira.

A faixa marca a primeira inédita da artista desde o seu disco de estreia, visions, que saiu em Abril do ano passado pela Balaclava Records. Com uma nova abordagem para sua estética eletrônica, Gab começa o ano com uma música mais divertida e eletrizante. Segundo a cantora, esse é seu atual interesse:

‘Forbidden Fruit’ é uma das minhas músicas favoritas e achei que era importante ela ser a primeira faixa para 2023. ‘visions’ foi um disco muito minucioso, que exigiu muito foco e dedicação, mas tinha uma parte de mim que queria explorar agora um lado mais divertido e despretensioso, fazer algo energizante e ‘fresh’. Acho que isso define muito o que planejo criar agora.

visions teve como inspiração a cidade e sua cena noturna. O disco, que mistura dark pop com referências do eletrônico, é ambientado pelo caos e conflito da vida moderna, e será a base da apresentação que Gab Ferreira levará para a abertura do primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2023, no próximo dia 24 de Março, no palco Adidas.

Ouça abaixo a inédita “Forbidden Fruit”, que deverá ter sua estreia ao vivo no festival.

Nelson D & Edgar

Nelson D e Edgar
Imagem: Reprodução / Capa do Single “Três Palavras”

Três Palavras” sela a primeira parceria entre o artista indígena manauara Nelson D e o rapper paulista Edgar. A faixa, que já se encontra disponível nas plataformas digitais, é mais um lançamento do selo Balaclava Records.

Na parte instrumental, Nelson D aplicou ao funk a própria influência indígena e da música eletrônica. Nos timbres do beat aparecem flautas e maracas, mas também synths distorcidos inspirados pelo drum & bass e pelo techno. Todos esses sons convergem numa estética cyberpunk brasileira bem agressiva.

Junto da produção de Nelson D, conhecemos um Edgar mais extrovertido. “Três Palavras” expõe uma nova faceta do rapper, com versos completamente debochados e despretensiosos de gatilhos ou alarmes — diferente de seus álbuns solos. A rebeldia da letra se funde com a batida num impacto neurótico futurista.

Sobre a composição de Edgar, Nelson D pontua:

Vivemos uma ressaca política gigantesca que não se encerra nas terras brasileiras. Anteriormente a expressão ‘que saudade do meu ex’ era totalmente atrelada ao atual presidente Lula, logo assim como presidente atual, o ‘ex’ se torna Bolsonaro, dando sequência para Edgar cantar uma letra particularmente ácida e irônica sobre as lembranças deixadas por um governo tóxico e totalitário para os amantes apaixonados que ainda defendem as ideias desumanas desse ex-presidente, ou ex-namorado, ex-patrão. É um desabafo popular com linguagem clara e nítida para tempos de desordem.

Ouça abaixo!

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