Mendonça exalta papel da imprensa e democracia em discurso de posse


Foto: Isac Nóbrega/PRAndré Mendonça sentado no STF após tomar posse

A entrada do novo ministro, André Mendonça, foi pelo Salão Branco do Supremo Tribunal Federal (STF), isolada pelos Dragões da Independência. A cerimônia atrasou 15 minutos, mas foi rápida, como já estava previsto. Foi montado um esquema especial de segurança no STF e a imprensa não pôde acompanhar a sessão solene de dentro do plenário, por conta das restrições sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19. 60 convidados participaram da posse do ex-ministro da justiça. O presidente Jair Bolsonaro (PL) e autoridades dos três poderes tiveram de apresentar o cartão de vacinação contra a Covid-19 ou o teste PCR negativo feito até 72 horas antes da cerimônia. Apesar das regras, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, entrou na Corte sem máscara.

O presidente do Supremo, ministro Luiz Fux abriu a sessão. O ministro mais antigo presente, Ricardo Lewandowski, e o mais moderno, Nunes Marques, este último também indicado por Bolsonaro, conduziram André Mendonça ao plenário para o juramento. “Prometo bem fielmente cumprir os deveres do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Em conformidade com a Constituição e as leis da República”, disse Mendonça. O novo ministro agradeceu os jornalistas e destacou o papel da imprensa e a democracia. “Eu espero poder contribuir com a Justiça brasileira, com o Supremo Tribunal Federal e ser, ao longo desses anos, um servidor e um ministro que ajude consolidar a democracia e esses valores e garantias e direitos que já estão estabelecidos e que vierem a ser estabelecidos no texto da nossa Constituição. Ao mesmo tempo, meu reconhecimento da importância da imprensa nesse processo”, declarou o novo ministro.

Pelo Twitter, o ministro Gilmar Mendes parabenizou Mendonça e sua trajetória acadêmica e profissional. O atual advogado geral da união, Bruno Bianco, também postou uma mensagem falando sobre a posse do amigo. Silas Malafaia registrou nas redes sociais a presença de líderes evangélicos na posse. André Mendonça ocupará a vaga na segunda turma deixada pelo ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que voltou à advocacia após 40 anos de serviço público. Quase cinco meses depois de indicado, Mendonça passou por uma sabatina no Senado e foi aprovado por 47 votos. Aos 48 anos, formado em ciências jurídicas e sociais, tem especialização em direito público, mestrado e doutorado pela Universidade de Salamanca, na Espanha. Começou a carreira como advogado da União e, em 2018, foi nomeado para comandar a AGU. Dois anos depois, assumiu o Ministério da Justiça. No Supremo, ele pode ficar no cargo até os 75 anos, em 2047.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor





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