O surgimento do Linkin Park e a importância da banda tem ganhado destaque nos últimos dias, em especial com o anúncio do lançamento de Meteora|20.
Se trata de uma edição especial e comemorativa do álbum icônico que consolidou o Linkin Park como um dos maiores nomes do rock nas últimas décadas. Aproveitando o momento, Mike Shinoda passou pelo programa de Howard Stern e compartilhou memórias bem sinceras sobre o processo de composição de um dos maiores hits da banda.
Embora não faça parte de Meteora, é impossível falar de Linkin Park sem citar “In The End”, o single que fez explodir de vez as vendas do disco de estreia, Hybrid Theory. Shinoda recorda com carinho o momento em que o Linkin Park se encontrava, experimentando no estúdio – mesmo que fosse em uma região meio duvidosa de Los Angeles:
Uma coisa que é difícil de entender é que… eu escrevi aquela linha de piano, os acordes do refrão, escrevi alguns raps, fiz toda a programação para todas as batidas sentado em um espaço de ensaio na Hollywood com a Vine durante a noite. Lá fora tinha, tipo, viciados e prostitutas… era ruim. Trancamos as portas de todo o estúdio porque não queríamos que ninguém entrasse.
Enquanto brincava nas teclas, a introdução de piano da música veio para Mike, seguida por alguns outros elementos-chave da faixa. Um deles é a troca de versos entre ele e Chester Bennington. No fim daquela noite, Shinoda tinha o impactante refrão – o que mudou tudo para o baterista Rob Bourdon quando ele o ouviu no dia seguinte:
Eu sabia que queria fazer o vai e vem. Tipo, ele cantaria uma linha e então eu faria um rap, mas minhas letras na primeira versão eram diferentes. Ele [Rob] disse: ‘Cara, essa é a música que estávamos esperando – tipo, essa é a melhor música que temos’.
Mike Shinoda e o sucesso inesperado de “In The End”
Isso não significa que Mike Shinoda sabia o que tinha em mãos; ele não poderia imaginar o que “In The End” significaria. A faixa ajudou a mudar o jogo para a banda e expandir uma nova fase para um sub-gênero dentro do rock, o nu metal e sua fusão de elementos do metal, hip-hop e rock alternativo:
Não parecia grande para mim. Não parecia uma música de sucesso. Eu não saberia como é uma música de sucesso – eu era jovem demais.
Por outro lado, embora tenha circulado na imprensa que Chester não gostava da música, Mike insiste que isso é um equívoco:
Ele não odiava. Ele gostava da música, ele só amava coisas muito pesadas e então quando as pessoas diziam ‘Isso deveria ser um single’… não era a que ele teria escolhido.
No fim das contas, “In The End” acabou surpreendendo a todos! A faixa foi lançada como o quarto e último single do álbum em 2001 e alcançou o top 10 em várias paradas musicais em todo o mundo, incluindo a posição número 2 na Billboard Modern Rock Tracks nos Estados Unidos.
A música também recebeu várias certificações de ouro e platina em vários países. “In the End” se tornou uma das músicas mais reconhecidas e populares do Linkin Park, e é considerada um clássico do gênero nu-metal. Nada mal!
Confira o trecho da entrevista abaixo.
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