Mourão diz que Rússia tem ‘direito de espernear’, mas que não acredita em invasão à Ucrânia


Vice-presidente foi questionado sobre visita de Bolsonaro a Moscou e afirmou que situação não deve piorar até a viagem

FRANCISCO STUCKERT/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta segunda-feira, 31, que a Rússia tem “direito de espernear” em relação ao avanço da Otan sobre o leste europeu e garantiu que o Brasil está afastado do possível conflito. “A Rússia considera aquela região do Leste Europeu uma zona de influência. No momento em que há avanço da Otan daquela região, ela faz seu direito de espernear”, afirmou em conversa com jornalistas. O general foi questionado sobre a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Moscou, marcada para fevereiro, e disse acreditar que a tensão entre Ucrânia e Rússia não deve piorar até a viagem. “Não acho que vai piorar daqui para lá. Não acho que a Rússia vai tomar uma atitude de invadir. A Rússia está fazendo uma pressão. Uma das formas de você buscar intervir em algum assunto é você fazer uma manobra militar. É o que ela está fazendo”, comentou.

Mourão disse ainda que a viagem de Bolsonaro não significa apoio à Rússia. “Depende da interpretação que cada um vai querer colocar. Nós estamos afastados desse conflito, mas há algumas pressões de alguns outros países aqui que estão mais envolvidos.  Vamos lembrar, o Brasil faz parte de um grupo com a Rússia, que são os Brics. Além de nós termos uma parceria com a Rússia, é um país importante para que a gente tenha negócios. Nós não podemos abrir mão disso aí”, concluiu.





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