Partido de direita de Portugal cancela evento com Bolsonaro e Trump


Ex-presidente brasileiro teve o passaporte apreendido durante operação da Polícia Federal nesta semana

Alan Santos/PRPresidente Jair Bolsonaro segura a mão de Donald Trump
Ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

O partido Chega, de extrema direita de Portugal, cancelou um evento que receberia o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entre os dias 13 e 14 de maio. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 4, pelo presidente da sigla, André Ventura. “Em respeito por muitos destes convidados, sobretudo dos norte-americanos e, recentemente, o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro e sua comitiva, que se viram impedidos de viajar por determinações do Estado brasileiro, o Chega decidiu reagendar a Cimeira para data posterior”, comentou em um vídeo publicado nas redes sociais do partido. Na postagem, Ventura alegou “espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça” contra a direita como motivos responsáveis para a suspensão do evento. “O Chega terá que suspender e reagendar para uma data posterior a Cimeira Mundial das Direitas. A perseguição a que alguns de nossos principais convidados têm estado sujeitos. No caso do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, no caso de apreensão e retenção de seu passaporte, revelam bem o espírito de agressividade, de condicionamento e de ameaça que em certos países reina e querem fazer contra a direita mundial”, disse. Na última quarta-feira, 3, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Polícia Federal (PF) deflagar a Operação Venire, que investiga a falsificação de dados de vacinação da Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. Na ação, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido. Em relação a Donald Trump, em abril, se tornou o primeiro ex-presidente americano a virar réu. Ele responderá a 34 acusações pelo crime de falsificação de registros financeiros. Segundo a promotoria de Nova York, o objetivo de Trump ao cometer essas fraudes seria esconder do público ao menos três de seus casos extraconjugais, antes da eleição americana de 2016, por meio do suborno das pessoas envolvidas. Trump, inclusive, foi eleito naquele ano.

*Com informações do Estadão Conteúdo.





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