Inquérito foi aberto pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária na Polícia Militar do Rio de Janeiro; prefeitura formaliza concessão de quiosques a parentes do congolês
A Polícia Militar do Rio de Janeiro investiga ameaças a parentes de Moïse Kabagambe. De acordo com a família do refugiado, a intimidação aconteceu por parte de policiais no momento em que eles foram até o quiosque em que o jovem foi assassinado, em busca de informações. Os agentes estavam no local para fazer a ocorrência. Eles pediram os documentos pessoais dos parentes do congolês e afirmaram que o dono do estabelecimento não devia satisfações à família. Na ocasião, os policias ainda teriam pedido que a família de Moïse fosse embora. Além disso, em outro momento, durante protesto na capital fluminense pela morte do congolês, os mesmos policiais teriam novamente abordado a família e solicitado a documentação dos familiares do africano. Uma investigação foi aberta pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária na PM do Rio. A unidade já pediu, inclusive, cópia das imagens que mostram as cenas de agressão e tortura contra o congolês.
A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a família de Moïse Kabagambe vai administrar os dois quiosques, o Biruta e o Tropicália, até fevereiro de 2030, como explicou o prefeito Eduardo Paes durante coletiva de imprensa. “Quero que a senhora, especialmente a senhora, seus filhos, recebam como esse gesto da prefeitura, o país se solidaria com vocês e que vocês tenham a certeza que são muito bem-vindos ao Brasil, ao Rio de Janeiro e esse povo vai continuar atendendo vocês com muito carinho. Vai dar suporte, vai estar ao lado relembrando a memória do Moïse e não permitindo que essa barbárie seja banalizada. Até o momento, os três agressores do congolês estão presos. A polícia fluminense ainda não concluiu inquérito sobre o caso.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga