Quem foi Layne Staley, uma das maiores vozes da história do Grunge


Layne Staley
Foto: Reprodução / Instagram
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Nascido em 22 de Agosto de 1967 em Kirkland, no estado de Washington (EUA), Layne Staley foi vocalista do Alice in Chains e de projetos como o Mad Season e é considerado até hoje uma das maiores vozes da história.

Seus talentos enquanto compositor e frontman também marcaram os anos 90, fazendo com que sua “queda” fosse ainda mais sentida nos anos seguintes.

Aos 34 anos, jovem demais, Layne nos deixou vítima de uma overdose, a culminação de um trajetória conturbada e marcada pela luta contra as drogas e a depressão por anos.

Alice in Chains

Após conhecer o guitarrista Jerry Cantrell em 1987, a dupla passou por alguns projetos até chegar de fato ao projeto que os levou à fama. O primeiro disco, Facelift, viria apenas em 1990 sob uma recepção calorosa, que os colocou ao lado de um nome já bem grande da cena, o Soundgarden.

Munido de boas críticas e uma base de fãs crescente, o Alice in Chains ficou em turnê com o disco de estreia por dois anos enquanto trabalhava em seu sucessor. Dirt, o álbum mais marcante e de maior sucesso dos caras, chegaria em 1992 durante a melhor fase do grupo — mas também o início de seu momento mais conturbado.

Isso porque, durante a turnê do álbum, que passou pelo Brasil em 1993, quem enfrentava problemas com as drogas era o baixista Mike Starr, salvo pelo próprio Staley durante uma overdose. O mesmo problema também tiraria a vida do músico em 2011.

Não demorou muito para que as drogas também impactassem a vida de Layne.

Jar of Flies e Mad Season

Em 1994, ano que trouxe a morte de Kurt Cobain, o Alice in Chains lançou o EP Jar of Flies, seu primeiro trabalho a chegar ao topo das paradas.

Apesar dos números e da aclamação, a banda passava por um momento sombrio por conta da relação de Layne Staley com as substâncias. Já debilitado pelo uso da heroína, o vocalista foi o motivo pelo qual o grupo decidiu por não fazer uma turnê do álbum, e Layne aceitou entrar na reabilitação naquele ano.

Como forma de tirar uma folga dos problemas e de sua banda principal, o vocalista se uniu a nomes como Mike McCready, do Pearl Jam, e formou o Mad Season. Com o projeto, lançou o aclamado Above em 1995, único disco do supergrupo que é bastante celebrado até hoje.

Últimos anos de Alice in Chains

Após o lançamento de seu disco homônimo, o último com Layne, a história da banda em sua formação clássica começou a chegar ao fim.

Já bastante debilitado pelas drogas, Staley perdeu sua namorada de longa data e ex-noiva, a modelo Demri Parrott, para o mesmo problema. De acordo com pessoas próximas ao músico, ele nunca superou o fim do noivado com Demri, e sua morte em 1996 o abalou profundamente.

No mesmo ano, Layne faria seus últimos shows com o Alice in Chains — incluindo o lendário MTV Unplugged, gravado em abril daquele ano. A última apresentação de fato seria em julho, na abertura de um show do KISS.

Continua após o vídeo

Em 1997, a banda fez uma última aparição no Grammy daquele ano. Após muitos rumores sobre sua saúde, Staley ainda gravou as faixas “Get Born Again” e “Died”, em 1998, com o grupo. Essas seriam suas últimas gravações.

A voz se cala

Após uma última aparição pública em 98, em um show solo de Jerry Cantrell, e já visivelmente tomado pelas drogas, Staley se afastou de tudo. Da música, da vida pública, dos amigos e da família.

No dia 19 de abril de 2002, o corpo de Staley foi descoberto em seu apartamento após uma ligação de Nancy Callum, sua mãe, para o serviço de emergência dos EUA. De acordo com a polícia, a morte do músico aconteceu no dia 5 de abril por overdose acidental, após a ingestão de heroína e cocaína.

À época, o Alice in Chains declarou:

É bom estar com amigos e família enquanto lutamos para lidar com essa imensa perda… e tentamos celebrar essa vida tão imensa. Procuramos todas as coisas comuns: conforto, propósito, respostas, algo para nos agarrarmos, uma forma de deixá-lo partir em paz.

Principalmente, estamos com o coração partido pela morte de nosso lindo amigo. Ele era um homem doce, com um senso de humor apurado e um profundo senso de humanidade. Ele foi um músico incrível, uma inspiração e um conforto para muitos. Ele fez ótimas músicas e as deu de presente ao mundo. Temos orgulho de tê-lo conhecido, de tê-lo como amigo e de ter criado música com ele.

Na última década, Layne lutou muito — só podemos torcer para que ele finalmente tenha encontrado um pouco de paz. Amamos você, Layne. Demais. E vamos sentir sua falta… infinitamente.

Também sentimos sua falta, Layne.

Ouça o disco da Zé Bigode Orquestra!

 





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