Com fim da era Messi e CR7 e a idade avançada de nomes como Lewandowski e Modric, novas estrelas despontam em uma briga cada vez menos polarizada pela coroa do futebol mundial
Na última segunda-feira, 17, a Fifa elegeu o atacante polonês Robert Lewandowski (Bayern de Munique) como o melhor jogador do mundo em 2021. O polonês desbancou o argentino Lionel Messi (Barcelona/PSG), tido como favorito, e o egípcio Mohamed Salah (Liverpool) para conquistar o prêmio. Além disso, outros grandes nomes que ficaram de fora do top 3 também sonharam com a coroa do futebol mundial durante a última temporada: o português Cristiano Ronaldo (Juventus/Manchester United), o francês Karim Benzema (Real Madrid) e o meia italiano Jorginho (Chelsea). Mas RC7 e seu ex-parceiro Real Madrid já estão com idade avançada e, possivelmente, deixarão de figurar nas premiações em um futuro próximo. Isso abre espaço para que novos nomes figurem nas listas de melhores do mundo nos próximos anos. Separamos aqui aqueles devem aparecer com mais frequência nestas listas.
Mohamed Salah (Liverpool/Egito)
Desde que chegou ao Liverpool, Salah vem sendo um dos destaques da equipe. Ele apareceu no top 3 do The Best em duas oportunidades: em 2018 e 2021. Aos 29 anos, o egípcio vive o auge de sua carreira e pode sonhar mais alto. Caso consiga levar o Liverpool ao título da Champions na atual temporada e faça com que o Egito volte a conquistar a Copa Africana de Nações, Salah ganha força para disputar o prêmio. Um desempenho bom na Premier League e a classificação para a Copa do Mundo também podem ajudar o egípcio.
Neymar (PSG/Brasil)
O prêmio de melhor jogador do mundo para Neymar parece ficar cada vez mais distante. Sofrendo com lesões nos últimos anos, o craque do PSG e da seleção não vem de boas temporadas e acabou ficando apenas na 10ª posição do The Best deste ano. Entretanto, tudo pode mudar caso o brasileiro brilhe em ano de Copa do Mundo. Caso seja protagonista em uma conquista de Champions League ou de Mundial, o cenário para a disputa muda bruscamente. Do contrário, o reconhecimento para o brasileiro na premiação fica cada vez mais improvável.
Haaland (Borussia Dortmund/Noruega)
Mesmo não jogando em uma equipe do primeiro escalão europeu, Haaland conseguiu feitos importantes, como ser artilheiro da última Champions League e aparecer na seleção do ano do Fifa The Best. Caso se transfira para uma equipe de maior qualidade — e propostas não faltam —, o norueguês de 21 anos tem tudo para se firmar como um dos principais candidatos ao prêmio de melhor do mundo pela próxima década. Resultados importantes com a seleção da Noruega também podem alavancar sua chance de prêmios.
Kylian Mbappé (PSG/França)
Com 23 anos de idade, Mbappé já construiu uma carreira vitoriosa no futebol. Entretanto, mesmo vivendo ótimos anos, ainda não conseguiu ter uma temporada boa o suficiente para desbancar CR7 e Messi (e Lewandowski nos últimos anos). Ele precisa de uma temporada com maior protagonismo e pode alcançá-la caso saia do PSG, onde divide os holofotes com o próprio argentino e com Neymar. O desempenho da França em torneios como a Eurocopa e a Copa do Mundo também pode ser determinante para as pretensões do atacante francês.
Sadio Mané (Liverpool/Senegal)
Ao lado de Salah, Mané é o principal protagonista do Liverpool. Nesta temporada, tem um panorama similar ao do egípcio: caso leve a equipe inglesa ao título da Champions ou da Premier League e garanta a classificação de Senegal à Copa do Mundo, sonhará com um lugar no top 3 (e até mesmo com o prêmio principal). Assim como Salah, Mané tem 29 anos e vive seu auge. As possibilidades de reconhecimento para ele devem começar a ficar mais escassas em breve. Também pesa contra o jejum dos africanos no prêmio da Fifa. O último (e único) a ganhar foi o liberiano Weah, em 1995.
Vinícius Jr. (Real Madrid/Brasil)
Depois de algumas temporadas sem muito brilho, Vinícius Jr. encontrou seu melhor futebol e vive momento mágico na Europa. Ao lado de Benzema, o brasileiro vem carregando o time do Real Madrid nas costas e deve se firmar como titular da seleção brasileira na Copa do Mundo deste ano. Falar em melhor do mundo agora pode parecer difícil, mas, se conseguir manter este nível, o brasileiro deve ganhar cada vez mais reconhecimento, rivalizando com Mbappé e Haaland nos próximos anos.
Kevin De Bruyne (Manchester City/Bélgica)
Kevin de Bruyne já figurou em diversas listas de melhor do mundo, mas foi superado por Messi, CR7 e Lewandowski. Pode ter sua maior chance nesta temporada, caso consiga levar a Champions League, a Premier League e carregue a Bélgica para mais uma campanha histórica na Copa do Mundo. Na última Copa, a geração de ouro do país ficou em terceiro lugar, mas o colegiado da Fifa não lembrou de De Bruyne na hora de votar. Entre os integrantes desta lista, é quem está há mais tempo na primeira prateleira do futebol mundial. Sua grande chance é aproveitar do ano de Copa para garantir seu troféu.