Ataque à segunda maior cidade da Ucrânia deixou pelo menos 10 mortos, segundo o Ministério do Interior da Ucrânia; de acordo com imagens de satélites, grupo russo está a cerca de 25 km da capital ucraniana
A cidade de Kharviv, a segunda maior da Ucrânia, amanheceu nesta terça-feira sob ataque russo. Um míssil atingiu um prédio do governo no centro da cidade e deixou pelo menos 10 mortos e mais de 20 feridos, de acordo com o Ministério do Interior da Ucrânia. Enquanto isso, a Rússia enviou um grande comboio militar em direção a Kiev na madrugada de hoje e aumentou a pressão sobre a capital ucraniana. Segundo imagens de satélites, o grupo tem mais de 60 km de extensão e se encontra a cerca de 25 km de Kiev. A ofensiva acontece após a primeira tentativa de negociações entre os países terminar sem acordo nesta segunda-feira, 28. A invasão russa entra no sexto dia e não dá sinais de trégua. Mariupol, cidade ao leste da Ucrânia, está sem energia elétrica após ofensiva dos russos, conforme anunciou Pavlo Kirilenko, governador da região. De acordo com ele, Mariupol “está sob pressão do inimigo, mas resistindo”.
De acordo com a AFP, o comandante das forças separatistas do território pró-Rússia de Donestk, Eduard Basurin, anunciou que Mariupol “será completamente cercada” nesta terça-feira e que suas tropas permitirão que os civis deixem a cidade por “dois corredores humanitários” abertos até quarta-feira. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que o bombardeio em Kharkiv é “crime de guerra” e “terrorismo de Estado”, além de reforçar que a defesa de Kiev é “prioridade”. Em discurso ao Parlamento Europeu, Zelensky criticou Vladimir Putin, exaltou a resistência de seu povo aos avanços russos e fez um apelo aos países da Europa: “Estamos lutando também para sermos membros da Europa. Acredito que hoje nós estamos mostrando a todos que nós somos iguais e que a União Europeia será muito mais forte conosco. Nós provamos a nossa força. Nós provamos que, no mínimo, somos iguais à Europa. Então provem que não nos deixarão de fora. Provem que nós somos europeus”, pediu o presidente da Ucrânia.