Governador eleito e seu vice, Felício Ramuth (PSD) participam da cerimônia de posse, que terá duas etapas e acontecerá na Alesp e no Palácio dos Bandeirantes
O governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e seu vice, Felício Ramuth (PSD) tomaram posse na manhã deste domingo, 1º. A cerimônia de posse começou por volta das 9h, com a primeira etapa acontecendo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) às 9h. Nela, Tarcísio e seu colega de chapa foram oficialmente empossados pelo presidente da Casa, o deputado Carlão Pignatari (PSDB). Ainda na Casa legislativa, Tarcísio fez o juramento constitucional: “Prometo cumprir e fazer cumprir a Constituição Federal e a do Estado de São Paulo e observar as leis”. Após a etapa inicial, os dois irão para o Palácio dos Bandeirantes, sede oficial do governo paulista, onde serão recebidos pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB). A cerimônia marcará a transição do cargo máximo do Executivo do Estado. Na sequência, Tarcísio irá empossar os 26 integrantes do primeiro escalão de seu governo, incluindo chefia da Casa Militar, procuradoria-geral de São Paulo e os secretários. A estimativa é de que a solenidade termine por volta das 12h30. Uma curta entrevista após o término das atividades é esperada.
Agradecimento a Bolsonaro e propostas
Após ser empossado por Pignatari, Tarcísio deu seu primeiro discurso como governador. Nele, Tarcísio agradeceu a Bolsonaro pelo apoio na candidatura. “Na política, inicio meus agradecimentos, como não poderia deixar de ser, ao presidente Jair Bolsonaro, que me lançou este desafio, que enxergou o que ninguém havia enxergado naquele momento. Quanta ousadia. A montagem do ministério em 2019 já havia sido ousada, houve aposta em técnicos desvinculados das pressões partidárias padrão, que estamos reproduzindo em São Paulo. Aliás, a indicação irresponsável de dirigentes é a raiz da ineficiência, da corrupção, do fisiologismo e desmoraliza a própria democracia”, afirmou Tarcísio.
Em seguida, o governador recém-empossado falou sobre as propostas para o Estado, listando economia verde, parcerias com a iniciativa privada e a criatividade para concluir projetos que estão inacabados. “Hoje é dia de reafirmar compromisso com o desenvolvimento e com o Estado que é a locomotiva econômica do país. Que merece uma economia dinamizada e aberta, parceira do empreendedor e da iniciativa privada. Mais competitiva e integrada internacionalmente. São Paulo pode e deve ser protagonista nos projetos de transição energética, líder em economia verde e investimentos sustentáveis. […] Hoje é dia de pensar em disrupção. Em tempos de 5G, de democratização ao acesso de dispositivos móveis, precisamos fazer mais com menos. Mudar os modelos de prestação de serviço público. Usar maciçamente a tecnologia em prol do cidadão. A integração de sistemas e do geoprocessamento serão fundamentais na segurança pública. […] Será necessária criatividade para aumentar significativamente o investimento em universalização do saneamento básico e reduzir as tarifas, para concluir o Rodoanel ou a Linha-17 do Metrô, para fazer o metrô alcançar mais pessoas ou para ver as ligações ferroviárias saindo do papel e para acabar o que ficou pelo caminho”, concluiu.