Em 2002 a banda britânica The Libertines lançou seu primeiro disco, Up The Bracket, e rapidamente tornou-se um dos nomes mais quentes do rock naquela época.
Misturando Indie Rock e Garage Rock com um sotaque bem particular, o grupo do controverso Pete Doherty consolidou sua boa fase com The Libertines em 2004 e depois ficou mais conhecido pelas polêmicas do que pelas músicas.
No Lollapalooza Brasil 2022, os caras vieram como substitutos, já que as bandas King Gizzard and the Lizard Wizard e Jane’s Addiction cancelaram as suas apresentações após casos de COVID-19 nas equipes.
The Libertines no Lollapalooza Brasil
Com um público muito abaixo do que imaginamos que estaria à frente do palco da banda que ainda tem Carl Barât, John Hassall e Gary Powell, dá pra dizer que o show do Libertines foi divertido e nostálgico, mas nada além disso.
Se você parou para pensar um pouco sobre o tempo após ler a minha introdução, irá perceber que se passaram 20 anos desde a estreia dos caras, e que boa parte do público jovem do Lollapalooza Brasil ainda nem era nascida quando os jovens da época estavam frequentando festinhas indie na Augusta ou em alguma casa de shows semelhante em outras cidades do Brasil.
Com energia e a clássica formação de guitarra, baixo e bateria aliada a um sotaque britânico que nos remete a verdadeiras lendas, não dá pra negar que o quarteto não entregue um bom show de Rock, inclusive imensamente mais empolgante do que foi o The Strokes, por exemplo.
Continua após o vídeo
Da série “que ano é hoje?”, The Libertines faz uma viagem no tempo até o Indie Rock e o Garage Rock do início dos Anos 2000 no #LollaBr 🎸 #TMDQAnoLolla
— Tenho Mais Discos Que Amigos! 🎶 (@mdiscosqamigos) March 27, 2022
Mas se eles ganham a competição desse lado, perdem na que faz da banda de Julian Casablancas headliner: faltam hits e canções que o público conheça, efetivamente.
No setlist, vieram canções como “Death On The Stairs”, “Heart Of The Matter”, “Don’t Look Back Into The Sun” e “Good Old Days”, que inclusive foi precedida por um momento bem “brasileiro”, com o baterista Gary Powell apresentando um show percussivo.
A empolgação da plateia de fato veio com faixas como “Up The Bracket” e “Time For Heroes”, que encerrou o set e fez com que muita gente próxima ao palco pulasse em êxtase.
Foi bom, mas definitivamente não foi um show para o horário que aconteceu, já que o começo de noite poderia ter sido melhor utilizado por um grande nome nacional ou internacional.