Três membros do Hamas morrem em tiroteio durante funeral no Líbano


Mahmoud ZAYYAT / AFPFuneral de membro do Hamas teve tiroteio neste domingo, 12

Três membros do Hamas morreram neste domingo, 12, por disparos no funeral de um membro do movimento islamita em acampamento palestino perto de Tiro, no sul do Líbano, informou à AFP um responsável do grupo palestino, culpando o rival, Fatah. O Hamas e o partido laico Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, com sede na Cisjordânia, se enfrentam desde 2007, quando os islamitas assumiram o controle da Faixa de Gaza após confrontos sangrentos. O encarregado do Hamas, Raafat al-Murra, acusou “militantes do [movimento palestino rival] Fatah de disparar em direção à caravana funerária” de um palestino que morreu em uma explosão no mesmo campo de Burj al-Shemali na sexta-feira. No ataque de hoje, acrescentou, seis pessoas ficaram feridas. Por sua vez, Talal al-Abed Kassem, chefe das forças de segurança afiliadas ao Fatah no acampamento, afirmou que “o atirador não é um membro” desde movimento “nem das forças de segurança” e disse estar “disposto a qualquer investigação”, segundo a agência de notícias oficial libanesa ANI.

Homens armados do Fatah e do Hamas já estavam mobilizados no setor antes dos disparos, segundo um dos moradores do acampamento. Outro morador disse que “quando os tiros começaram, o cortejo fúnebre se retirou (…) e as pessoas fugiram do local”. Desde então, o clima é tenso e o movimento Fatah está em alerta máximo, acrescentou. O Líbano acolhe mais de 192.000 refugiados palestinos, a maioria nos 12 acampamentos do país, segundo dados oficiais de 2020. Em virtude de um acordo de longa duração, o exército libanês não entra nesses acampamentos, onde a segurança é responsabilidade das facções palestinas, que têm armas leves.

Nos últimos anos, esses acampamentos registraram ataques, assassinatos e confrontos de grupos rivais. Uma forte explosão aconteceu na sexta-feira em um depósito em Burj al-Shemali, que deixou um morto. O Hamas disse que se tratava de “um curto-circuito em um armazém que continua botijões de gás e cilindros de oxigênio para pacientes com o coronavírus“, enquanto uma fonte militar libanesa afirmou que a explosão ocorreu em um armazém de armas e munições.

*Com informações da AFP





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