Em 1942, o escritor Isaac Asimov definiu as três principais leis da robótica, com a intenção de limitar os comportamentos de robôs e evitar qualquer atitude que prejudique humanos. Agora, a UNESCO revelou um plano semelhante, contudo, desta vez, a proteção é contra os possíveis problemas causados por inteligências artificiais (IA).
A organização revelou que a primeira estrutura do acordo para uso de IA já está pronta. Na última quinta-feira (25), a UNESCO revelou que 193 países se uniram para adotar o primeiro acordo global sobre a ética de inteligência artificial.
“The world needs rules for #ArtificialIntelligence to benefit humanity. The Recommendation on the ethics of #Ai is a major answer. UNESCO will support its 193 Member States in its implementation” – @AAzoulayhttps://t.co/EwSl4xfiuL #AiEthics pic.twitter.com/Gj7U50sjB5
— UNESCO ??? #Education #Sciences #Culture ?????? (@UNESCO) November 26, 2021
“O mundo precisa de regras para que a Inteligência Artifical beneficie a humanidade. A recomendação sobre a ética da IA é uma resposta importante. A UNESCO apoiará seus 193 membros em sua implementação”, publicou a organização no Twitter.
O futuro promete milhares de inteligências artificiais para ajudar a humanidade, mas alguns problemas também devem acontecer no caminho — alguns já até acontecem, como os algorítimos do Facebook, que supostamente amplificam a divulgação de publicações envolvendo discurso ódio.
Um futuro sem ‘Exterminador do Futuro’
Outro escândalo envolvendo IAs aconteceu com a Cambridge Analytica, acusada de usar milhares de dados dos usuários de redes sociais para interferir com a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos. Vale lembrar que a revista FayerWayer declarou que a companhia também trabalhou no Brasil, durante as eleições do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Há uma necessidade de garantir a transparência e a inteligibilidade do funcionamento dos algoritmos e dos dados com os quais foram treinados, porque eles podem influenciar os direitos humanos e as liberdades fundamentais, a igualdade de gênero e a democracia”, revelou a UNESCO.
As inteligências artificiais são responsáveis por diversos serviços da atualidade, em redes sociais, recomendações de serviços de streaming e até nas rotas indicadas por um GPS. Por isso, o objetivo do acordo é permitir que o mundo siga numa direção saudável em relação às IAs.